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karm(ãe)

por Outra, em 24.03.17

É dificil explicar isto de modo a fazer sentido, e principalmente de modo a não ser julgado, mas nem todas nascemos para ser mães de 2 ou 3 filhos, e algumas de nós acham que não têm jeitinho nenhum para serem sequer mães de 1 (eu).

Então é estranho estar com pessoas que te perguntam "É espetacular, não é?" à espera que isto seja uma pergunta retórica, e tu respondes , "mais ou menos", "não era bem isso que eu esperava", "não nasci para isto" (...) e de volta as pessoas devolvem-te um olhar de espanto-julgamento-perplexidade de quem quer dizer "mas-como-raio-podes-tu-afirmar-que-ser-mãe-não-é-o-melhor-do-mundo???"...

E, invariavelmente, sentes-te (mesmo que saibas que não deves) julgada e inferior às outras só porque sentes diferente. Porque sabes que ser mãe é parte do que te vai levar a evoluir, a crescer. E que crescer na maior parte das vezes dói. Ningém disse que isso ia ser fácil, pois não?

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publicado às 13:49

Book Pals - A escolha

por Outra, em 22.03.17

Vem atrasado este post. Mas mais vale tarde que nunca. (E ainda atrasou mais um bocado porque já estava todo escrito e o computador bloqueou...)

Para a 2.ª edição do livro secreto escolhi o livro "Chama-lhe Amor". É pequeno em tamanho mas grande na mensagem. É uma edição especialíssima porque veio autografado pela autora. Espero que gostem tanto como eu.

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Intrigante. Envolvente. Emocionante. Perturbador. Toca de forma sublime em tantos sentimentos que não dá para descrever. Só mesmo a ler. Leiam. Vale a pena.

"E sentir ao extremo é viver ao extremo. É certo que tenho um medo absurdo de enlouquecer de vez. Da perda de mim enquanto eu. Da perda da minha sanidade mental, do que sou enquanto pessoa. De me transformar noutra coisa, sem traços do que creio ser. De ver imagens que não existem. De acreditar em coisas que não são reais. De me perder daquilo que sou feita e me transformar noutra coisa, meio louca, meio estranha."

 

 

 

 

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publicado às 22:06

Breves #12

por Outra, em 20.03.17

Quase todos os males do mundo podem ser curados com 1 horinha da companhia dos meus amigos. E os males que não podem ser curados, são "ridos", a fazer piada com tudo o que há. Aquela hora vale por dias de terapia!

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publicado às 22:39

#Breves 11

por Outra, em 17.03.17

Dicas para perceberes se tens colegas com  complexode inferioridade: Se começarem a corrigir-te sempre que têm oportunidade em frente a outras pessoas está bem visto que pretendem mostrar que sabem mais que tu. Não ligues. O complexo é deles, não teu. Tadinhos.

 

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publicado às 15:10

#Breves 10

por Outra, em 17.03.17

Trabalhar em equipa também é (digo eu) dar todas as informações que sabemos que são importantes para a realização de um dado trabalho por outro colega (que não é o que habitualmente faz esse trabalho).

Não as transmitir é só filha-da-putice e querer oportunidades de apontar os erros ao colega.

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publicado às 15:09

Afinal quem somos aos olhos dos outros?

por Outra, em 16.03.17

A propósito deste post da MJ em que ela lança a pergunta "o que mudarias se pudesses", foi imediato para mim identificar o que mudava, se pudesse: "A minha mania de que nunca vou ser suficientemente boa (pessoa, gaja, filha, mãe...) . Ganhava um bocadinho de autoestima, que ao contrário do que parece, não tenho. "

Percebi que a MJ (que me conhece dos blogs, mas um bocadinho além deles já) ficou surpreendida com a resposta e pus-me a pensar sobre o que somos aos olhos dos outros.

Passo para aqui muito do que sou,  e sei que a forma como abordo as coisas (às vezes muito preto ou branco) faz parecer de que sou uma gaja com uma brutal autoestima e amor próprio. Mas como um destes dias li por aí, os excessos de alguma coisa demonstram falta de outras coisas. O meu excesso de certezas sobre um sem número de merdinhas (que não interessam a ninguém) não é mais que minha insegurança disfarçada.

A minha necessidade (agora mais atenuada) de que gostem de mim mostra que eu própria não gosto do que sou. Acho que vou passar a vida a trabalhar isto....E mesmo assim acho que já avancei um bocadinho. Aprendi já que o trabalho começa de dentro para fora. Mas é uma construção que demora. Preciso de fazer bons alicerces. Lá chegarei.

Nos entretantos, não se deixem enganar pelas "aparências".

 

 

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publicado às 12:03

Breves #9

por Outra, em 15.03.17

Estou a ficar anti social. Prefiro mil vezes beber o café sozinha a ter de me juntar a um qualquer grupo e ouvir conversas que não me interessam nadinha. Penso que ninguém se lembra em como às vezes é tão bom ser o cara feia de serviço.

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publicado às 14:05

Breves #8

por Outra, em 13.03.17

No sábado calhava ao gajo a limpeza quinzenal (pó, aspirar, wc's e cozinha). Fazemos sempre estas coisas.Cheguei a casa e o que encontrei? a cozinha cheia de migalhas no chão. Conclusão: Não lhe tocou! Então a cozinha não faz parte da casa? "Ah eu olhei e achei que estava limpa"!  Right...

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publicado às 14:08

Breves #7

por Outra, em 08.03.17

Intriga-me a campanha anti-dia-da-mulher principamente quando feita pelas próprias mulheres. Engraçado nunca vi ninguém ser contra o Dia Mundial das zonas húmidas  ou contra o Dia Mundial do Mosquito . Não percebo.

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publicado às 16:57

A dona Mila, coitadinha

por Outra, em 07.03.17

Coitadinha.

A Dona Mila era a funcionária da residência universitária onde eu vivi durante parte da minha vida académica.

Ela era uma senhora nos seus quarentas e muitos, sempre toda arranjada, de saia e de saltos, que usava mesmo para fazer a maior parte das tarefas (limpezas) que o seu trabalho implicava.  Ela até tinha os sapatos do trabalho. (Uns tamancos bordeaux que guardava num canto do quarto da roupa.) E carregava aquele ar tão sofredor...

Coitadinha.

Não era raro estarmos a chegar à porta da casa de banho e podíamos encontrá-la no corredor a limpar o chão (ou outra coisa qualquer), enquanto murmurava continuamente "Ai Deus, ai, ai...Vida...ai, ai, ai, ai..., Deus...ai, ai, ai..." (e, não raras vezes aumentava o volume para ter a certeza que a ouvíamos). 

Coitadinha.

Quando falávamos com ela tratava-nos a todas por "filha", "ai filha", mas tinha sempre aquele semblante pesado e voz quase arrastada de dor (que fazia questão) de imprimir no que dizia (nem que fosse "não chegaram ainda os lençóis lavados, filha").

Coitadinha.

Ela tinha ficado viúva muito jovem e com duas crianças pequenas para cuidar. O marido era um excelente homem (tenho ideia de que todos os maridos que morrem novos são sempre excelentes) e deixou-a cedo, agruras da vida.

Coitadinha.

A vida não era fácil. Todos os dias tinha de fazer uma longa viagem de autocarro para chegar àquele trabalho, que nem gostava, e que nem fazia com primor, porque tinha de sustentar a prole (neste tempo já em idade adulta, bem entendido).

Coitadinha.

E já lhe custava um bocado. Doiam-lhe as costas. Era do trabalho, maldito trabalho. Lá de vez em quando metia uns dias de baixa, ficava mais doente e tinha mesmo de ser..."Ai, vida, ai, ai, ai..."

Coitadinha.

Nunca a vi rir com vontade ou abandonar aquele ar de sofredora, de vítima da vida, que só afastava (ainda mais) dela as pessoas e as coisas boas que estas lhe pudessem trazer.

Coitadinha.

Não conseguia ver além do mal que lhe aconteceu, ficou lá parada, encurralada e dexou que isso definisse todo o resto de uma vida que ainda tinha para viver.

Pois, coitadinha...

 

 

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publicado às 15:01

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