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A vida precisa de tempero, e de cor!
Eu é que não percebo nada de moda ou isto (tentem visualizar por favor ) não fica nada bem? Calças rosa choque (a tender para o fluorescente), unhas dos pés (dentro de sandálias beges) rosa choque, unhas das mãos rosa choque, camisa branca. Cabelo impecavelmente esticado e moça maquilhada. Mas a rematar, argolas (com aparência de plástico) em que cor?...isso mesmo, rosa choque! Estão a imaginar o que isto faz à vista de uma pessoa?
Há pouco tempo perguntaram-me como era afinal essa "coisa" do amor de mãe, se era mesmo o melhor amor do mundo como toda a gente diz. E se era ssim uma coisa tão diferente de tudo o que eu já tinha sentido até hoje.
Não sei se será o mesmo para todas (é certo que não será) e só posso falar por mim. É diferente de tudo o que já senti. Foi estranho ao início e não foi amor à primeira vista. Mas depois foi crescendo de dia para dia, e quando pensava que já não podia ser maior, continu(a)ou sempre a crescer. Ao mesmo tempo, implica renunciar a tanto do que julguei como a minha identidade, o meu "eu" e isso (para mim) não tem sido fácil. É também ter medo de morrer, para não lhe faltar. É ter de parar para pensar no que é melhor para ele (sem nunca esquecer aquilo que quero para a minha vida). Resumindo: É o mais puro amor, mas é também (para mim) o que causa mais dor.
É sábado à noite. Acabei de ligar o computador para acabar um trabalho que trouxe para terminar no fim-de-semana. Este teve de ser. Mas já decidi (exatamente no fim-de-semana passado) que não posso ocupar o meu temp livre com mais trabalho. Já dou muito. Preciso de cortar aos poucos com as coisas que não quero na minha vida.
Ao mesmo tempo, tenho o miúdo meio doente. Fiquei em casa só com ele. Cortesia de (mais um) dos eventos do pai. É inevitável não me sentir "abandonada" e que sobra tudo para mim. Também gostava que o facto de me tornar mãe apenas acrescentasse uma pessoa à dinâmica da casa. E que não fosse preciso fazer escolhas e renunciar a alguns dos programas que (também) gosto. Mas as coisas não são assim. E tenho de cortar também com isto.
Já é abril. Nada de águas mil até agora. Em jeito de balanço de março (atrasadérrimo):
- Ainda não escrevi os objetivos deste ano (sei que já passaram quase quatro meses, mas ainda faltam 8 portanto deixem-me acreditar que ainda vou a tempo);
- Tenho trabalhado mais que muito, nas piores condições de sempre, mas com motivação (é esquisito isto, mas gostar do que se faz pode mesmo fazer a diferença);
- Tenho substituído o tempo livre (que deveria usar para as minhas práticas de yoga e para ler) por trabalho, e percebi que não devo continuar a fazê-lo. Há que estabelecer limites. Comecei esta semana a estabelecer os meus;
-Continuo a perder tempo demais com tarefas domésticas. Preciso de arranjar um plano (que funcione) para manter a casa decente sem ter de perder 3 horas de seguida aio fim de semana para arrumar e limpar;
- Consegui praticar yoga uma vez esta semana em casa. É sempre tempo de começar. Agora é continuar.
-Preciso de tratar do armário cápsula de uma vez por todas. Já ando com isto na ideia há anos e ainda não tive coragem de avançar. Preciso de fazer alguns investimentos em básicos também);
- No meio desta correria tive a minha mãe a recuperar de uma cirurgia (nada de grave, valha-nos isso) e a precisar de um bocadinho mais de apoio;
- Estou cansada das pessoas. Principalmente das que me ligam apenas por interesse. Como é que as pessoas se transformam tanto quando se trata de coisas?
- Surpreendentemente, as palavras que às vezes precisamos chegam de quem menos esperamos. É preciso saber apreciar isso.
- O puto cresce a olhos vistos e já faz frases de duas (ou três) palavras. Desarruma tudo e continua a fazer das suas. (últimos achados na máquina de lavar: 1 livro e 1 garrafa de vidro.) Começa a esticar-se todo para trás quando não quer fazer alguma coisa e já tem (muita) vontade própria. Fala pelos cotovelos, principalmente de manhã, num dialecto que pouco entendemos, mas ainda bem que alguém na casa tem bom acordar.
Aprende que nada, mas nada no mundo é mais certo que a tua intuição. Por isso, quando conheces alguém (não podem ser os primeiros segundos, claro, mas o tempo mínimo necessáro para uma pequena conversa), confia no que sentes em relação à pessoa. Há pessoas que não nos inspiram logo confiança e outras que são precisamente o contrário.
O tempo vai dizer, mas (a mim) tem-me dito que a minha primeira intuição raramente está errada.
Então, se a primeira impressão for negativa, vale a pena ficar alerta e nunca baixar muito a guarda. E aqui das duas uma, ou nos enganámos redondamente e tínhamos a intuição avariada nesse dia, mas olha ao menos não fizemos papel de parvos; ou o de facto vemos que era mesmo assim, e aqui também não há mal nenhum, não nos desiludimos.
Caso a primeira impressão seja boa, desconfiem também, nunca baixando a guarda. E, também aqui, das duas uma, ou nos enganámos redondamente e como não confiámos demais, não há problema nenhum; ou vemos que tínhamos razão e tudo o que vier "é ganho".
Resumo: Confiem sempre na vossa intuição, sem nunca confiar demais nas pessoas nem ser totalmente transparentes.
Sou eu que não percebo nada de moda ou é mesmo só foleiro usar uma camisa transparente com um sutiã rendado por baixo?</p
Sou uma parva. Inocente. Totó. Pata. A sério que sou. Quanto tempo mais demorarei eu perceber que as pessoas são manhosas, matreiras, cheias de truques e artimanhas só para se safarem e ficarem bem na fotografia?
Mas quantas vezes virá a vida mostrar-me que não vale a pena confiar e ser transparente com toda a gente que encontro pelo caminho? Até quando eu me dignar a aprender, que (parece que) ainda não aprendi.
Incomoda-me seriamente o que tenho encontrado neste mundo do trabalho. Não me posso considerar muito experiente, trabalho há 11 anos, a maior parte deles no privado (a verdadeira escola, não me venham já com merdas) e o resto no público. Não posso dizer que trabalho pouco aqui. Nada disso, até digo que trabalho muito mais do que alguma vez trabalhei na vida (em quantidade é a loucura mesmo), e condições zero (sou precária).Não é isso sequer que está em questão.
Mas a função pública é uma máquina grande, muito grande, e podre. A cair de podre. E é difícil não ser apanhado nessa podridão. As pessoas, mesmo as mais novas estão cheias de vícios e ronhas que é difícil dar a volta...
O problema é que estas pessoas dificultam a tarefa de quem quer trabalhar, de quem acha que tem de dar sempre o melhor e vestir a camisola como se isto fosse nosso. Que a bem dizer da verdade, é. Ou não estamos a ser pagos com o dinheiro de todos?
E acontece o caricato: quando um chefe com alguma dinâmica vai pedir mais produtividade e organização, tratam logo de se fazerem de ofendidos e de retaliar mesmo à FP (leia-se filho da puta mesmo): fazer pior o seu trabalho (errando de propósito ou omitindo informações que são da sua obrigação fazer passar) para que o chefe, que o verifica e passa ao seguinte na hierarquia, se atravesse, se estatele ao comprido e fique mal visto.
Com este comportamento conseguem duas coisas: pôr o chefe (que lhes chamou a atenção)efetivamente em cheque, vingando-se dele e desviando ao mesmo tempo a atenção da sua incompetência (que passou a ser do chefe).
Ou seja, não trabalham mas não deixam trabalhar quem quer. Porque nisto da FP, se vens com muita vontade e te começas a destacar não és bem visto, pelo contrário és um alvo a abater. Enquanto as pessoas (a generalidade das que compõe a dita máquina) quiserem olhar só para os seus umbigos, vamos ter sempre mais ronhas a querer travar quem quer trabalhar para poderem continuar a fazer só à medida do que lhes dá jeito.Por mais que quisesse (que não quero), não consigo ser assim. E tenho verdadeiro asco de quem o é. Pena é que tenha de levar com alguém assim, de frente, todo o dia, todos os dias. E pensar que me tenho de defender dos truques e ronhas com que posso ser apanhada na curva. E com isso é que não sei lidar.
Lindo, lindo é ligares a alguém com quem tinhas combinado falar sobre certo assunto(mais do interesse da outra pessoa do que teu), e ouves "Ah mas agora também não é boa altura!" Tá certo. Deixa lá devolveres a chamada que já te conto.
Oh gente do caralho!
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