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A vida precisa de tempero, e de cor!
Este é um blog que já sigo há muito tempo, mas que me tem cativado mais e mais a cada dia. É o blog Just Smile . Gosto da forma simples e prática como a Just aborda as coisas. Das dicas, dos relatos, da sua transformação que se nota a cada dia. A camihho de uma vida mais simples.
Eu, que me revejo num modo de vida mais minimalista, ganhei mais um cantinho de leitura obrigatória. A não perder.
Beijinho para ti Just. :)
Mea culpa. Todas as tarefas (e todas as outras pessoas) têm sido mais importantes que eu. Não dediquei uum minuto que fosse nos últimos tempos a pensar em mim e nos meus objetivos.
A míseros 4 meses de acabar mais um ano assumo, com vergonha (que isto aqui serve mesmo de diário, qb), que não cheguei a escrever sequer os meus objetivos para o ano de 2018.
E se não os escrevi, não posso avaliar em que medida é que (não) os cumpri. Não posso é deixar de parar por um momento para resumir o que foram os últimos 4 meses :
Junho:
- Foi o mês de colocar na prática as mudanças anunciadas em maio. Mais trabalho e dedicação;
- Deixei de comer chocolates um mês seguidinho. Fez-me bem. Notei sobretudo na pele;
- Pratiquei yoga uma ou duas vezes num mês inteiro. Não é suficiente. Começo a ressentir-me da falta da prática mas preciso de arranjar uma nova escola, não vou lá sozinha (ainda);
- Fiquei doente. Febre como nunca tive. Uma infeção, um antibiótico e outra infeção. Mais consequências da minha falta de cuidado comigo...
Julho:
- Trabalhei muito e vi reconhecido o esforço de um trabalho extra que me foi pedido. É bom saber que somos valorizados. Por outro lado, é triste ver a inveja alheia. E ter de conviver com ela todos os dias.
- Finalmente levei o miúdo a um especialista (alergologia) para ver se terminam as crises respiratórias. Notei logo diferenças.
- Não pratiquei yoga nenhuma vez em casa, nem fora dela.
- Continuei a não comer chocolate. E Não custou assim tanto.
Agosto:
- Trabalho, trabalho e mais trabalho...e a espera pelas férias que nunca mais chegavam.
- Há 5 anos que não tinha férias de 3 semanas ( tirei nestes últimos anos apenas 1 semana). Ao menos deu para desligar. Pelo meio muitas tarefas domésticas a preparar uns dias fora.
- Férias com os amigos do costume. Praia. cervejas e conversas até mais tarde. A certeza de que há amigos que são mesmo para a vida toda. Se não forem aqueles, não são nenhuns.
-A certeza de que faço muita coisa sozinha, que sobra tudo para mim. Saltou-me a tampa. Preciso que as tarefas sejam divididas. Exijo agora, todos os dias que sejam divididas.
- Nada de yoga. E de volta ao chocolate.
Do que ainda não fiz (em nenhum dos meses):
Arrumar o roupeiro. Não sei explicar porquê mas falta-me a coragem para tirar tudo de lá de dentro e fazer o armário cápsula (na verdade ele já é assim, não percebo a minha própria resistência. A propósito dei o 1.º passo ontem e fui comprar duas caixas organizadoras para o roupeiro.)
Acordei estremunhada pelas 6 da manhã e olhei à minha volta: estava já numa enfermaria. Lembrava-me bem da viagem desde o recobro umas horas antes, quando reinava o silêncio.
Não havia barulho também na enfermaria. Mas não estava sozinha. À direita uma senhora, que chorava baixinho e à esquerda outra, mais conformada.
Não havia choro de bebés...Mas todas tinhamos acabado de os ter. Por isso foi estranho que não estivessem ali,ao nosso lado. Foram 9 meses à espera de o conhecer e depois vi-o por breves momentos...acho que naquele instante já nem me lembro da cara dele...
Percebemos também que todos estavam na mesma situação: internados na neonatologia. Uma, porque nascera prematura. Os outros dois porque nasceram com uma infeção e tiveram de fazer logo testes e antibióticos.Duas de nós a recuperar de umacesariana. A outra, parto normal.
Vi o meu filho praticamente 12 horas depois de ele nascer, ali estava ele numa incubadora aberta com uma chucha transparente com bolas azuis. Tinha uns olhinhos curiosos como se procurasse perceber onde é que estava. O ambiente era acolhedor e o silêncio era apenas interrompido pelos bips dos aparelhos. Peguei-lhe ao colo pela primeira vez. Era dia 15 de Setembro de 2015. Parabéns, filho. Hoje há bolo.
*quero bolo, mãe
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