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É tudo uma questão de educação...

por Outra, em 24.09.18

Cada um tem a sua personalidade, o seu método, a sua forma de fazer as coisas. Uns preferem trabalhar sob pressão, outros com tempo. Não interessa. Cada um é como cada qual, pois bem.

Coisa completamente diferente é a atitude de cada indivíduo, trabalhador, para com o todo, a empresa. E isto, meus amigos é o que faz toda a diferença. Toda a diferença no dia-a-dia, na relação com os colegas, no contributo para o todo. Utopias, dirão muitos. Eu digo que não. Já vi, na prática que pode ser assim. Tive o privilégio de ter uma "educação" assim. Sem falsas modéstias, aprendi numa das melhores escolas.

Aprendi que eu era apenas um membro, uma parte da minha equipa, e que os meus esforços deviam ser feitos para alcançar os meus objetivos, mas também os da minha equipa. Portanto, se um colega dessa mesma equipa precisasse de um apoio para um qualquer trabalho que tinha de ser feitpo "asap" (as soon as possible) então os outros colegas deixavam as suas tarefas por um bocadinho e concentravam-se todos em contribuir para a conclusão daquele trabalho. E um dia isto calha a um, no outro dia calha ao outro...

Aprender a olhar para o todo em primeiro lugar dá-nos outra perspetiva sobre as coisas, da importância de colaborar, partilhar ao máximo a informação e trabalhar para um todo. Cooperação. Foi assim que me educaram. Verdade. Serei eternamente grata à K. Nem eu sabia o quanto me ensinaria. Apenas o valorizei depois. Vlorizo agora. Todos os dias. E agradeço imenso por isso.

Está claro, clarrísmo, que esta escola foi no setor privado. No público não é assim. Poderá haver uma ou outra exceção, admito que sim. Mas não é a regra.

Não me venham com merdas já, a dizer que só se fala mal do público, bla, bla, bla. Sei do que falo. Estive dos dois lados da barricada. Aprendi no privado e agora trabalho no público.

Apesar de já estar mais familizarizada com o modo como se passam as coisas por aqui, continuo a não me identificar, ne um bocadinho com esta forma de ver as coisas.

Aqui as pessoas tratam a informação como moeda de troca. "Informação é poder" foi uma das primeiras coisas que me quiseram ensinar.

Cada um faz as suas tarefas e cumpre os seus objetivos, não há cá essa coisa de trabalharmos todos para o mesmo. Nãaaa, isso é coisa de meninos. Aqui, está-se bem é apontando os erros à secção do lado, mesmo quando fazem todos parte do mesmo serviço, ou até ao colega do lado, só para mostrar que se sabe mais do que ele, ou que ele se engana e merece ser repreendido, vai depender do complexo. É esconder o que se sabe para ficar em vantagem em face dos outros. É arranjar todas as maneiras possíveis e imaginárias de não contribuir para o todo.

Encontram-se ainda pessoas que defendem a cooperação, o trabalho de equipa. Pena é que não sejam a maioria. É porque veja-se, os que colaboram não se importam de fazer o seu trabalho e contribuir para o trabalho do todo (sem divisões nem guerrinhas), só que na hora dos outros fazerem o mesmo, há um sem número de desculpas, de fazer parecer que estão sempre sobrecarregados e portanto impossibilitar que se conte com eles. Mesmo quando não estão assim tão cheios de trabalho e apenas se dêm ao trabalho de amontoar as coisas de forma a parecer que sim.

É difícil estar num lugar assim. Isto tira a motivação a uma pessoa. Apetece ser igual, só que como não é essa a minha forma de ser, porque lá está, não fui educada assim, não consigo.

 

 

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publicado às 20:30

A rapariga do autocarro

por Outra, em 21.09.18

Para hoje destaco o blog d' A rapariga do autocarro.

Pelo humor, conteúdos diversificados e porque gosta e pratica yoga como eu. Porque gosto do que é bom. E este blog é um desses. Se ainda não seguem, comecem hoje.

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publicado às 16:40

Breves #29

por Outra, em 19.09.18

Malta que não sabe trabalhar em equipa fixem isto: ninguém faz nada sozinho. Ninguém. Lembrem-se disto no dia em que podem precisar de alguém que vos limpe o cú... Isto a propósito de pessoas tão parvas no trabalho que arranjam todas as estratégias e mais algumas para não seguirem instruções e trabalharem, isso...em equipa!

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publicado às 15:51

Três

por Outra, em 19.09.18

Três anos.

Já se passaram 3 anos desde que nasceu o meu pequeno. Por um lado parece que foi há uma eternidade, por outro não consigo entender como é que o tempo corre tanto...

Nos dias que antecedem a data do aniversário (15/09) não consigo deixar de me lembrar com algum detalhe dos momentos e das horas em que as coisas aconteceram. Muitas coisas apaguei, mas há ali muito que ficará para sempre gravado na minha memória. E é estranho, é quase como se me sentisse mais vulnerável...o ano passado fiquei doente. E este ano outra vez....estranho. Parece que o meu corpo também guardou as memórias.

Nem tudo foi fácil. Quase nada foi, na verdade. O primeiro mês é para esquecer. A sério. O primeiro ano é sem dúvida o mais difícil. Nascem os pequenos e nascem também as mães. E saber quem somos depois deles também é uma série de descobertas...

Aprendi sobretudo a amar incondicionalmente aquele ser, mesmo quando me faz perder a paciência. Mas aprendi a não me esquecer de mim, que o meu tempo a "sós" é determinante para que eu seja uma melhor mãe.

Contra tudo o que imaginei, e vendo a "big picture", é bom ser mãe. Não há nada que se compare a este amor. E foi olhando para as coisas boas da maternidade que tenho conseguido dar a volta às outras, menos boas.

Não há nada tão doce como aquele abraço de braços pequeninos acompanhado de "Tinha muitas saudades de ti"...Parabéns meu pequeno.

 

 

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publicado às 09:11

Foi o Morrie

por Outra, em 12.09.18

Não, não ando a ler nenhum livro de autoajuda do Gustavo Santos (ou outro autor qualquer desses "do bem", o que quer que isso queira dizer).

Já me tinha consciencializado de que preciso mudar o Chip, acreditar que mereço ser feliz e fazer tudo por isso. Mas de pensar a fazer vai ainda uma distância, ou se calhar há um momento em que há um click, sei lá...

Com estas ideias já em mente, recebi o livro secreto para o mês de agosto: As terças com Morrie. E se achei, à primeira vista, que não o escolheria...tudo mudou quando comecei a ler. O Morrie veio mostrar-me que estou no caminho que quero estar...de encontrar a felicidade em bocados pequenos dos dias, em gestos aparentemente insignificantes...sem grandes megalomanias. Dando valor ao que tenho, às pessoas e não às coisas.

Fotografei imensas passagens a que quero regressar sempre que me desvie do caminho...deixo apenas algumas que me fizeram pensar:

"Estamos demasiado envolvidos em coisas materialistas, e elas não nos satisfazem. As relações de amor que temos, o universo à nossa volta, tomamos estas coisas como certas."

"É muito simples.À medida que cresces, aprendes mais. Se ficasses sempre pelos 22 anos, serias sempre tão ignorante como eras aos 22 anos. Sabes, envelhecer não é só decadência. É crescimento."

"Tens que encontrar o que é bom e verdadeiro na tua vida, tal como é agora. Olhar para trás torna-te competitivo. E a idade não é tema de competição.

"Digo-te simplesmente que não há experiência como a de ter filhos. É tudo. Não existe substituto possível. Não podes tê-la com um amigo.Não podes tê-lo com um amante. Se desejasa experiência de ter completa responsabilidade por outro ser humano, e aprender a amar e a ligar-teda maneira mais profunda possível, então deves ter filhos."

"Saber que se vai morrer, e estar preparado para isso a qualquer momento. É melhor. DEssa maneira podes realmente estar mais envolvido na vida enquanto estás vivo."

 

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publicado às 11:40

Breves #29

por Outra, em 11.09.18

Bonito, bonito é receber sem esperar. Duas pessoas no mesmo dia a oferecerem-se para me ajudar com a festa do miúdo.

Tudo o que vai, volta. E quando dás sem querer em troca, um dia recebes sem esperar também.

 

 

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publicado às 11:02

É tão mais fácil ser feliz...

por Outra, em 07.09.18

Eu, que já fui um "Grou" mal disposto, que não sou de sorriso fácil e que tenho um ar sério (de má, como muitos me dizem) admito que estava enganada.

Não é fácil viver de cara fechada e zangado com o mundo, mesmo que tenhamos muitas razões para nos sentir assim.

Ainda agora cheguei ao trabalho e a propósito de um ritual que temos à sexta, fiz uma piada. Toda a gente desatou a rir. Toda a gente menos a rapariga que já fui, o "Gru" mal disposto que do canto me olhou como se eu fosse um alien.

Pois bem...reconheci ali algo que já fui, e que tenho a certeza de não querer ser mais, porque é tão mais fácil rir e ser feliz. Mesmo com o que me falta. Mas fazendo do que tenho, o melhor.

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publicado às 09:30


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