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Desafio dos Pássaros #7

por Outra, em 25.10.19

A Constança precisa duma mascara capilar mas o teu patrão só quer que vendas compotas de abobora com amêndoa. Convence-a  a escolher a compota para usar 

 

Se tens o cabelo seco,

Oleoso ou acabado de pintar

Precisas de usar uma máscara capilar

Que não o vá danificar

Esquece os cremes tradicionais,

Nesses não podes encontrar

Tudo o que a compota de abóbora e a amêndoa tem para te dar!

Uma é rica em vitaminas, minerais e zinco,

A outra tem fibras e potássio,

O teu cabelo vai ficar num brinco.

 

Numa semana complicada foi o que, à pressão se conseguiu arranjar…

 

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Desafio dos Pássaros #6

por Outra, em 18.10.19

"O Amor, uma cabana… e um frigorífico" *

Já tenho o amor,

Só me falta a cabana,

Que até nem me importo,

Que não tenha cama.

Poderemos aproveitar,

Dormir no chão ou no sofá

Agora uma coisa não pode faltar,

O que será?

Agora que sou moça fit

Ensino-vos a minha lição

Gravem-na bem, Ainda vai ser um Hit!

O que não posso dispensar

É um frigorífico para guardar

Frangos, ovos e saladas

Mas hidratos, nem pensar!

Que achas amor?

Temos tudo para isto resultar!

*A minha ode à malta fit deste mundo, pois para onde quer que eu olhe parece que já não há gente “normal”!

 

 

 

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Desafio dos Pássaros #5

por Outra, em 11.10.19

Mas esta porra nunca mais anda? Sabia lá eu que depois de morta ainda tinha de esperar para saber para onde ia…quase mais vale ir direta para o inferno. Vai-se a ver e lá até é mais divertido!

Tanta coisa porque ninguém quer este gajo (Hitler)...eu já trato disto!!! Ó São Pedro, ó Lúcifer vejam lá que este á uma boa aquisição! Sortudo de quem ficar com ele!... Vocês não andam com problemas de espaço por aí? São Pedro, Olha que este é perito em arrumar gente em espaços pequeninos… deve funcionar com almas também. E é ótimo também a manter a ordem e o silêncio…não sou de intrigas mas ouvir cantos celestiais o dia inteiro no céu deve ser equivalente a ouvir músicas de natal sem intervalo três meses antes do mesmo… um massacre! Vá lá, fica lá com ele, quero-me despachar! Ficas? Ficas?...

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Desafio dos Pássaros #4 - A Beatriz disse que não, e agora?

por Outra, em 04.10.19

Se havia alguém que a podia ajudar, esse alguém era a Beatriz. Sempre que lhe pedia ajuda, ela ia, deixava outros compromissos e consigo. Mesmo que não se falassem, ou encontrassem há muito tempo,  Marta sabia que podia sempre contar com Beatriz.

Marta, ultimamente não tinha sido uma grande amiga e muitas vezes até tinha podia ter feito alguns ajustes à sua agenda para se encontrar com Beatriz, para um café ou quem sabe jantar, mas o tempo ia passando e ela deixava sempre para depois. Beatriz estaria lá sempre, de qualquer maneira.

Decidiu ligar a Beatriz e contar-lhe tudo o que se tinha passado.

Só havia uma coisa com a qual a Marta não contava...A possibilidade de algum dia a Beatriz lhe dizer que não. Foi o que aconteceu. A Beatriz estava cansada de que lhe ligassem apenas quando precisavam da sua ajuda, como se não valesse para além daquilo que sabia e não tivesse mais nada para oferecer...

Decidiu apenas que não, desta vez não ia deixar tudo de lado para ajudar a Marta. Estava na hora de escolher estar apenas com quem queria verdadeiramente a sua companhia. Sentiu-se incrivelmente leve ao dizê-lo, não se sentia culpada por não ir!

Pensando bem, vivera tanto tempo a largar tudo e para ajudar todos os que lhe pediam que se distraiu de si. Não sabia bem quem era, nem o que procurava. De uma coisa tinha a certeza: estava a procurar no lugar errado. O que ela precisava não estava fora. Estava bem dentro dela, pronto a ser descoberto. Aquele NÂO foi o porto de saída de Beatriz para a sua enorme viagem…ao interior.

 

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Desafio dos Pássaros #3 - Uma aventura/momento que te tenha marcado

por Outra, em 03.10.19

Já com algum atraso...fica o texto do Tema #3

Tinha apenas 17 anos (certo que quase a fazer 18, mas o que é que se sabe aos 18?) quando entrei na faculdade. Sabia que curso queria seguir desde o 7.º ano. Não me interessava que me dissessem que não tinha “saídas” ou que havia demasiadas pessoas na área. Eu sabia que queria Direito. Mas ter nascido (e viver) numa ilha fazia com que aquele objetivo se tornasse um bocadinho mais difícil de atingir. Não seria a primeira, nem a última, portanto sempre pensei que se os outros conseguem ir, eu também vou. E fui.

Lembro-me que dispensei a companhia do meu pai para me levar porque tinha uma rapariga bem conhecida que entrara para a mesma cidade. Então, juntas de certeza que seria mais fácil, pensava eu.

Mas não foi bem assim. Enquanto não tínhamos tratado do alojamento (que para mim seria uma residência universitária) ficámos na casa de uma amiga da amiga…ora de manhã saíamos e só podíamos regressar ao fim do dia quando a amiga voltasse. Parece que éramos umas sem-abrigo que não tínhamos para onde voltar. Era tão difícil…longe de casa e com esta sensação. Continuo a lembrar-se da sensação como se tivesse sido ontem…

Chorava todos os dias a pensar que queria voltar para casa…era uma angústia constate. A amiga que nos deixou dormir lá em casa ajudou ao nos deixar lá ficar mas…caramba…há menos de um ano ela tinha passado pelo mesmo…como se podia ter esquecido do que era sair de casa e começar uma vida tão diferente…cidade nova, faculdade, colegas…

Pensei que se algum dia me pedissem “abrigo” ao chegar, tentaria fazer diferente…ao menos encaminhar minimamente a pessoa e tornar menos difícil o início.

Depois de encontrar casa e ter finalmente onde colocar as minhas coisas e poder entrar e sair à hora que bem me apetecesse, senti-me logo melhor. Mesmo que tivesse meio quarto (porque era partilhado) era tão bom! Engraçado que a minha colega de quarto também vinha de longe e compreendeu-me bem…ela é, ainda hoje, a minha melhor amiga…

Hoje, 20 anos volvidos desse momento, reconheço que há dores que fazem parte do crescimento, e esta para mim foi uma delas. Das que me ensinou muita, muita coisa.

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publicado às 17:30


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