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A vida precisa de tempero, e de cor!
Se havia alguém que a podia ajudar, esse alguém era a Beatriz. Sempre que lhe pedia ajuda, ela ia, deixava outros compromissos e consigo. Mesmo que não se falassem, ou encontrassem há muito tempo, Marta sabia que podia sempre contar com Beatriz.
Marta, ultimamente não tinha sido uma grande amiga e muitas vezes até tinha podia ter feito alguns ajustes à sua agenda para se encontrar com Beatriz, para um café ou quem sabe jantar, mas o tempo ia passando e ela deixava sempre para depois. Beatriz estaria lá sempre, de qualquer maneira.
Decidiu ligar a Beatriz e contar-lhe tudo o que se tinha passado.
Só havia uma coisa com a qual a Marta não contava...A possibilidade de algum dia a Beatriz lhe dizer que não. Foi o que aconteceu. A Beatriz estava cansada de que lhe ligassem apenas quando precisavam da sua ajuda, como se não valesse para além daquilo que sabia e não tivesse mais nada para oferecer...
Decidiu apenas que não, desta vez não ia deixar tudo de lado para ajudar a Marta. Estava na hora de escolher estar apenas com quem queria verdadeiramente a sua companhia. Sentiu-se incrivelmente leve ao dizê-lo, não se sentia culpada por não ir!
Pensando bem, vivera tanto tempo a largar tudo e para ajudar todos os que lhe pediam que se distraiu de si. Não sabia bem quem era, nem o que procurava. De uma coisa tinha a certeza: estava a procurar no lugar errado. O que ela precisava não estava fora. Estava bem dentro dela, pronto a ser descoberto. Aquele NÂO foi o porto de saída de Beatriz para a sua enorme viagem…ao interior.
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