Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Desafio dos Pássaros #14 - Não nasci para isto

por Outra, em 19.12.19
Ser tralheira e acumular coisas, 
Ser mãe de mais do que um filho,
Fazer dieta,
Correr,
Fazer fretes,
Gostar de política ou de mariscos,
Tolerar gente cínica, falsa,intriguista e malandra
Não trabalhar,
Jogar cartas,

Calar-me perante injustiças,
Escrever em dias marcados,
Não, não nasci para isto...

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:14

Desafio dos Pássaros #13

por Outra, em 12.12.19

Não vou mentir. Este foi de longe o pior tema que me podiam propor para escrita. Não que não goste de cinema, gosto. Mas não me lembro assim ao detalhe dos fins dos filmes a ponto de os reescrever. Os que gosto muito, não lhes mexia nem um bocadinho. Um exemplo é o Forrest Gump. Antigo, eu sei. Mas também já sou...

Daqueles filmes que poderia reescrever o final, lembrei-me da cinderela...vou tentar...

Na versão clássica, quando soam as doze badaladas, o feitiço desfaz-se e a cinderela fica sem o belo vestido que usou para levar ao baile  e sem a carruagem para a levar de volta a casa (porque se transforma em abóbora). Mas deixa para trás um dos sapatinhos de cristal que levava calçados...No dia seguinte, o príncipe pega no tal sapatinho e percorre o reino à procura do pé em que ele calça na perfeição. E a felizarda é a Cinderela, pois claro! Casa com o príncipe e são felizes para sempre!

Na minha versão , quando soam as doze badaladas, tudo se transforma em abóboras, o vestido, a carruagem e os sapatos. Então, no dia seguinte, o príncipe, tendo ficado muito desconcertado com a quantidade de abóboras na escadaria do seu palácio, pensou  e pensou como poderia encontrar aquela doce rapariga que tinha dançado com ele?! Não havia pista nenhuma acerca dela, nada de nada. Ele lançou um repto ao reino : a donzela que soubesse transformar aquelas abóboras em algo com sabor divino, teria uma grande recompensa...Cinderela apresentou-se no palácio e fez doce de abóbora, que o príncipe provou e adorou. Embora a tivesse reconhecido logo, deixou-a fazer a sua magia, e como combinado pagou-lhe a recompensa que tinha prometido. Ela recebeu e foi-se embora. Arrranjou uma pequena casa e passou a fazer doce de abóbora para vender para todo o reino, tornando-se auto-suficiente. Viveu feliz para sempre, sem principe mas com a melhor companhia, a dela própria!

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:12

Desafio dos Pássaros #12

por Outra, em 05.12.19

Acordo quase sempre à mesma hora com o chilrear. São eles outra vez. Os pássaros. Atrás da minha casa, nesse tempo, que parece um outro tempo tão distante, existiam muitas árvores de fruto onde os pássaros faziam os seus ninhos. Não era raro irmos à procura deles. Sabíamos que eram de melro preto ou de papinha (não sei qual o nome verdadeiro destes pássaros...) Os adultos avisavam-nos sempre: "podem ir lá ver o ninho mas se houver lá ovos, não lhes toquem, porque as mães percebem e depois enjeitam os ovos, e não há passarinhos". Nós andávamos sempre lá à volta para ver quando é que finalmente apareceriam os pássaros. Primeiro, eram umas criaturas minúsculas, quase só se lhes distinguia o bico. Depois iam crescendo, crescendo, até que certo  dia chegávamos lá e o ninho estava vazio...aí sim já lhe podíamos mexer e perceber de que era feito, um monte de ervas e paus pequeninos encostadinhos uns aos outros, numa construção de certeza demorada e minuciosa. Era um tempo mágico, da primavera ao verão...sempre ao som daqueles pássaros que nunca se calavam.

Hoje, há poucas árvores lá. Mesmo assim, esta primavera vou levar o meu filho e vamos procurar juntos por um ninho de melro preto ou de papinha, para que ele guarde também a magia de ver, primeiro os ovos, depois os pássaros e finalmente perceber que já lá não estão porque aprenderam a voar... 

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:30


Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

  Pesquisar no Blog

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.