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A vida precisa de tempero, e de cor!
Ele voltou. O meu livro. Aquele que enviei para a iniciativa do Livro Secreto (1.ª Edição).
A minha primeira sensação quando abri o livro foi de... desilusão. À medida que o folheava percebia que não havia quase nada sublinhado. Depois (lá mais para o fim do livro) fui encontrando alguns sublinhados. Fiquei a pensar...poucos gostaram da minha escolha.
Escolhi "As velas ardem até ao fim" de Sandór Marai. Primeiro por ser um livro pequeno, depois porque gostei da história e da escrita e depois porque o livro fala da amizade verdadeira, tema que me doeu (dói) muito nesta vida.
Nunca fui uma criatura "popular" no que a amizades diz respeito. Sempre precisei de aceitação, sou uma criatura (embora não parecendo) insegura. O que (noto) ainda não deixei de ser, a avaliar pela minha reação quando vi que o meu livro também não foi popular...
Mas depois parei para pensar. Em alguns dos livros que recebi não sublinhei nada. Das duas uma: porque não me disseram nada de extraordinário ou porque não os li. Quem os recebeu de volta pode ter sentido o mesmo que eu.
Portanto, não é nada de pessoal. É só um livro. E ele não me define enquanto pessoa.Nem tão pouco os livros (que não sublinhei e os que não li) definem quem os mandou.
Portanto, olhei de novo para o meu livro e para os sublinhados. Senti gratidão. A quem o sublinhou, porque gostou, obrigada. Se calhar temos gostos semelhantes. A quem não o sublinhou, porque não leu ou não gostou, obrigada também. Porque me permitiram parar e perceber que isto do livro me diz mais sobre quem sou (e do que preciso ainda ultrapassar) do que esperava. E isso só pode ser bom.
Obrigada!
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