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A vida precisa de tempero, e de cor!
Acordei estremunhada pelas 6 da manhã e olhei à minha volta: estava já numa enfermaria. Lembrava-me bem da viagem desde o recobro umas horas antes, quando reinava o silêncio.
Não havia barulho também na enfermaria. Mas não estava sozinha. À direita uma senhora, que chorava baixinho e à esquerda outra, mais conformada.
Não havia choro de bebés...Mas todas tinhamos acabado de os ter. Por isso foi estranho que não estivessem ali,ao nosso lado. Foram 9 meses à espera de o conhecer e depois vi-o por breves momentos...acho que naquele instante já nem me lembro da cara dele...
Percebemos também que todos estavam na mesma situação: internados na neonatologia. Uma, porque nascera prematura. Os outros dois porque nasceram com uma infeção e tiveram de fazer logo testes e antibióticos.Duas de nós a recuperar de umacesariana. A outra, parto normal.
Vi o meu filho praticamente 12 horas depois de ele nascer, ali estava ele numa incubadora aberta com uma chucha transparente com bolas azuis. Tinha uns olhinhos curiosos como se procurasse perceber onde é que estava. O ambiente era acolhedor e o silêncio era apenas interrompido pelos bips dos aparelhos. Peguei-lhe ao colo pela primeira vez. Era dia 15 de Setembro de 2015. Parabéns, filho. Hoje há bolo.
*quero bolo, mãe
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