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Minimalismo "à la" Konmari

por Outra, em 29.10.18

Tirei uma semana de férias para destralhar a casa. Sou doente, eu sei. Mas não consigo viver bem no meio da confusão. E há muita coisa desarrumada/desorganizada que já ando a ignorar há muito tempo. Está a tornar-se uma questão de "pele". Cada vez que entro na dispensa ou quando preciso de guardar alguma coisa na arrecadação da garagem tenho um ataque de nervos.

Depois é juntar uma criança, montes de brinquedos e roupa que deixa de servir em menos de nada...

Já sou adepta do "destralhar", mas descobri há pouco tempo um método de organização que se chama Konmari (tem origem na autora Marie Kondo) encontrei um livro dela em pdf e li-o num instantinho, chama-se "A mágica da arrumação" e traz uma abordagem diferente do destralhe típico.

Para ser eficaz, o destralhe tem de ser rápido e em vez de escolhermos fazer uma gaveta de cada vez, um quarto de cada vez, devemos fazer por categorias já que, de acordo com a autora tendemos a guardar itens da mesma categoria em vários sítios diferentes da casa (muitas vezes de acordo com a frequência com que os utilizamos).

A ordem pela qual se destralha também está definida para que, no fim estejam os itens mais difíceis de nos desapegar...fotos e outros objetos de valor sentimental. Assim, depois de ter feito o processo em outras coisas já estaremos mais treinados para nos desapegar daquelas coisas também.

O critério para a escolha dos objetos a manter deverá fazer-se com base na questão: "Isto faz-me feliz?"; se sim, guardamos, se não descartamos. 

Não tenho propriamente dificuldade em destralhar ou descartar coisas e venho afinando esta "arte" com o passar dos anos. Mas a verdade é que sempre que destralo, deparo-me daí a uma temporada com um monte de coisas para descartar outra vez. E é precisamente isto que pretendo evitar.

Quero viver numa casa simples,  embora com as coisas que gosto. E de preferência com superfícies desocupadas de tralha todos os dias. Tenho chegado à conclusão que tenho demasiadas coisas. Chávenas, pratos, talheres, taças, roupa de cama e de casa...e não preciso disso tudo para viver bem. pelo contrário. Para mim é felicidade chegar e ter tudo arrumado nos seus lugares e perceber que tenho exatamente o que preciso. Nada mais. 

Para testar, arrumei a primeira categoria sugerida pelo método Konmari - O vestuário. Isto implica retirar toda a roupa - toda mesmo - para nos dar a real noção de quantas peças temos. Depois (também numa ordem específica) escolhem-se os itens que vão sair. Depois é arrumar o que ficou. Algumas das dicas passam por dobrar as peças e não pendurá-las para poupar espaço. Apliquei este método para algumas peças e de facto arruma melhor.

O resultado, de verdade? Ainda há bocado olhei para a gaveta da roupa interior e, desde que a arrumei "à la Marie Kondo", as coisas ficaram exatamente como estavam, mantiveram-se arrumadas. O mesmo em relação ao roupeiro e aos sapatos. Portanto, vou fazer o mesmo processo em todas as categorias que precisam de destralhe e veremos...

Podem ler sobre o método Aqui.

E por aí, há maníacos da arrumação/organização? 

 

 

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publicado às 22:03

Minimalismo "em miúdos"

por Outra, em 09.11.17

Depois de falar sobre o minimalismo (Minimalismo my way), acho que vale a pena concretizar os aspetos práticos da coisa, ou de como o vou implementando na minha vida, e especialmente como comecei. 

Logo que comecei a investigar sobre o minimalismo, mais duas palavras/tarefas se impuseram: Organizar e "Destralhar". (A palavra destralhar não existe no dicionário, mas usa-se já de forma corrente e significa livrar-se de tralha).

Temos demasiadas coisas, mais do que aquilo que precisamos e na maior parte das vezes contunuamos a comprar e comprar. Com o passar do tempo, vai-nos faltando o espaço e procuramos ter mais móveis, mais espaço para arrumar, despensas e casas maiores e chegamos a ter coisas guardadas na nossa casa, na casa dos pais...tornamo-nos verdadeiros "acumuladores".

Pensamos sempre que precisamos de mais espaço, mas se pensássemos melhor, só precisamos de menos coisas.

Foi exatamente por aí que comecei. Percebi que tinha demasiadas coisas que não usava, e provavelmente nunca teria tempo de as usar todas...(chávenas, copos, toalhas, roupa de cama, cortinados, objetos de decoração, roupa, bijuterias, papéis ...).

Como o espaço era pouco e eu não queria continuar a sentir-me asfixiada com tanta tralha comecei  na minha missão de destralhar, sem ter definido propriamente um plano ou um prazo para competar a tarefa. Descobri que destralhar é uma atividade contínua...

Vou fazer um post para cada uma das zonas da casa com as coisas que fiz, as dificuldades e as "dicas" que usei. (O pinterest foi também uma fonte de ideias preciosa sobretudo com a forma de organizar e arrumar as coisas.)

Destralhar e Organizar a casa :

  1. Quarto
  2. Escritório/ Quarto de Criança
  3. WC's
  4. Cozinha
  5. Sala/Hall de entrada
  6. Despensa
  7. Arrecadação

 

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publicado às 22:49

Minimalismo "my way"

por Outra, em 06.11.17

A palavra está na moda. O movimento também. É minimalismo na arquitetura, no design, na decoração, no guarda roupa, na vida. Mas que coisa é esta de que toda a gente fala? É preciso ter uma casa branca e vazia? E o que é que isso traz mesmo de bom à pessoa? Mini quê?

Desde que me conheço que não gosto de tralha e sempre gostei de ter as minhas coisas arrumadas, minimamente organizadas no meu espaço, de preferência dentro dos móveis que tinha para esse efeito (basicamente os do meu quarto).

No tempo em que estudei fora sempre transportei todas as coisas que precisava para as férias dentro de uma só mala. Para mim era imprescindível que conseguir carregar as minhas coisas todas sozinha, porque não tinha sempre companhia que me pudesse ajudar, e como viajar implicava um avião, um autocarro e dois táxis, era mesmo conveniente reduzir a bagagem.

Conheci o minimalismo numa altura em que tinha bastante tempo disponível para ler e o primeiro lugar onde o encontrei foi no blog da Rita, o The busy woman and the stripy cat. Li-o de uma ponta à outra e fui pesquisando mais sobre o tema. Uma boa fonte de informação também foi o Becoming Minimalist.

É fácil perder-se no meio de tanta informação e tantos conceitos novos, mas não vale desesperar. Há várias versões de minimalismo, umas mais extremas que outras, diria mesmo que há tantos minimalismos quantos minimalistas.

O melhor é mesmo procurar as visões com as quais nos identificamos, e daí partirmos para aplicá-las na nossa vida. O resultado será o de uma vida mais simples, com menos coisas, mais organizada e com mais tempo para dedicar às coisas e pessoas que mais gostamos.

E num mundo em que somos sufocados com apelos para o consumo e vidas consumistas (supostamente perfeitas), passamos a vida a compararmo-nos com isso e é fácil achar que precisamos mesmo de muitas coisas para ser felizes...

Se, como eu se sentem deslocados desta visão do mundo, então provavelmente vão gostar do minimalismo. Menos tralha traz mais clareza mental. E afinal,  as coisas são só isso, coisas, e nunca devemos ser escravos delas.

 

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publicado às 15:07


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